24 de abril de 2011

A pálida luz da manhã de Inverno (Fernando Pessoa)

A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem menos esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.

No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu esperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.


>> Nesse poema podemos perceber que não foi seguida nenhuma regra de escrita e que também não há rimas.

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